Golpe do Pix: Golpe da Falsa Central

Golpe do Pix: Golpe da Falsa Central 

 

O golpe do Pix, especialmente na modalidade conhecida como golpe da falsa central, tem se tornado uma das fraudes bancárias mais comuns e prejudiciais no Brasil. Com a popularização do sistema de transferências instantâneas, os criminosos desenvolveram novas estratégias para enganar vítimas e conseguir acesso indevido às contas bancárias. Entender como o golpe funciona, como evitar cair nesse tipo de armadilha e o que fazer para tentar recuperar os valores é essencial para consumidores e empresas.

Como funciona o golpe do Pix via falsa central

O golpe da falsa central é uma engenharia social bem estruturada, onde os criminosos se passam por funcionários da central de atendimento de bancos. A fraude geralmente começa após a vítima fornecer, muitas vezes sem perceber, seus dados bancários em sites falsos, links fraudulentos, e-mails de phishing ou até mesmo em atendimentos falsos simulados por WhatsApp ou telefone.

Com os dados em mãos, o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um atendente da central de segurança do banco, afirmando que uma operação suspeita foi detectada e que, para proteger a conta, é necessário seguir alguns procedimentos.

Entre essas instruções, está a transferência de valores via Pix para uma “conta segura”, que, na verdade, pertence aos golpistas. Em outros casos, a vítima é induzida a fornecer senhas, códigos de verificação ou até liberar acesso remoto ao seu celular ou aplicativo bancário. Tudo isso sob o pretexto de “verificação de segurança”.

Principais sinais de alerta

Para evitar cair no golpe do Pix da falsa central, é fundamental estar atento a alguns sinais comuns:

Ligação de número comum ou desconhecido: Bancos não ligam de números convencionais nem pedem para confirmar dados sigilosos por telefone.

Pressa ou tom de urgência: Golpistas sempre criam um clima de pânico para que a vítima não pense racionalmente.

Solicitação de transferências para “contas seguras”: Essa é a essência do golpe. Nenhum banco legítimo pede esse tipo de procedimento.

Links recebidos por e-mail ou SMS que redirecionam para sites estranhos: Normalmente, é onde tudo começa — com o clique em uma página falsa que captura os dados do cliente.

O que fazer ao cair no golpe da falsa central

Se você ou alguém próximo foi vítima de um golpe do Pix, especialmente na forma da falsa central de atendimento, é crucial agir rapidamente:

Entre em contato com o banco imediatamente: Notifique o ocorrido e solicite o bloqueio da conta e das transferências.

Solicite o bloqueio cautelar dos valores: Conforme a Resolução BCB nº 147/2021, os bancos podem realizar bloqueios preventivos se houver suspeita de fraude.

Registre um boletim de ocorrência: Isso é fundamental para fins de investigação e para comprovar a boa-fé da vítima.

Procure um advogado especialista em golpes bancários: Um profissional pode avaliar a possibilidade de ação judicial contra o banco para reaver os valores perdidos, com base no Código de Defesa do Consumidor.

Responsabilidade do banco em caso de golpe do Pix

De acordo com o entendimento predominante nos tribunais brasileiros, os bancos têm responsabilidade objetiva em casos de fraude bancária, especialmente quando ocorre falha na segurança dos sistemas ou ausência de mecanismos eficazes de prevenção. Quando a vítima é induzida ao erro por meio de falhas que poderiam ser evitadas, o banco pode ser obrigado a ressarcir integral ou parcialmente os valores perdidos.

Há diversos precedentes judiciais favoráveis aos consumidores em situações envolvendo o golpe da falsa central, com condenações que incluem restituição do valor transferido via Pix e indenização por danos morais.

Conclusão: prevenção e informação são as melhores defesas
O golpe do Pix, especialmente na sua versão mais sofisticada — o golpe da falsa central —, mostra como as fraudes bancárias evoluíram com a tecnologia. O consumidor deve estar sempre atento a comportamentos suspeitos e jamais confiar em ligações que solicitam dados ou transferências urgentes.

Ao mesmo tempo, é fundamental que os bancos aprimorem seus sistemas de segurança e ofereçam canais eficazes de atendimento. Quando a fraude acontece, o consumidor não pode ser deixado à própria sorte. A busca por reparação judicial é um direito, e contar com um advogado especialista em golpes bancários pode ser o diferencial para reaver os valores perdidos.

Se você foi vítima de um golpe bancário ou golpe do Pix, busque orientação jurídica especializada e conheça seus direitos. A informação é sua maior proteção.

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